Quando Nosso Senhor afirma que é pior escandalizar uma criança do que ser amarrado a uma pedra e lançado ao mar (Mt 18, 6), quis deixar claro quanto mal faz o exemplo negativo de um adulto. Porém, a recíproca também é verdadeira. Ou seja, aqueles que dão bom exemplo aos mais novos estão agindo de uma forma que agrada especialmente a Deus, pelo bem que estão proporcionando às crianças e à juventude. Nesse sentido, os pais são os primeiros a terem obrigação de dar o bom exemplo. “É, pois, dever dos pais criar um ambiente de família animado pelo amor, pela piedade para com Deus e para com os homens, que favoreça a educação íntegra, pessoal e social de seus filhos.” (CONC. VAT. II, Decl. Gravissimum educationis, 3).
O Concílio também afirma que os país são os primeiros catequistas de seus filhos: “São eles seus primeiros e melhores catequistas. Que tarefa tão grande e que responsabilidade dos pais: ensinar a seus filhos o amor de Deus como algo que é verdadeiramente real para eles.” (CONC. VAT. II, Decr. Optatam totius, 2).
Em 1929, o Papa Pio XI salientava a importância do bom exemplo dos pais e dos demais familiares: “[…] a educação mais eficaz e duradoura é a que se recebe na família cristã bem ordenada e disciplinada, tanto mais eficaz, quanto mais resplandeça nela de forma clara e constante o bom exemplo dos pais, sobretudo, e dos demais membros da família.” (Pio Xl, Divini illius Magistri, 31-X11-1929).
O fundador do Opus Dei, São Josemaria Escrivá, chama atenção de forma oportuna para a necessidade de os pais terem tempo para os seus filhos: “É necessário que os pais encontrem tempo para estar com seus filhos e falar com eles. Os filhos são o que há de mais importante: mais importante que os negócios, que o trabalho, que o descanso.”. (J. Escrivá de Balaguer, “É Cristo que passa”).
Verdade é que a tecnologia e a mentalidade moderna favorecem a falta de diálogo entre pais e filhos, razão maior para que os pais se esforcem no sentido de unir a família em torno de Cristo, Nosso Senhor, pedra fundamental da Nova Aliança. Daí a importância da evangelização começar dentro da própria casa, passando depois às aulas de catequese, na paróquia. Os pais não devem, de forma alguma, negligenciar o ensino cristão e o bom exemplo, sob pena de, mais tarde, reconhecer que deixar os filhos à mercê das máximas do mundo pode custar muito caro.
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
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