Nossa Senhora do Brasil, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lujan, Mãe de Deus, Esposa do Divino Espírito Santo, Mãe da Providência, Virgem Mãe Aparecida, Rainha da Paz… O número de títulos que ornam e honram Maria Santíssima são incontáveis, basta ver a Ladainha Lauretana, repleta deles. Porém, o significado de alguns títulos pode não parecer tão claro assim. Por exemplo, por que Maria é “Vaso insigne de devoção”? Nosso propósito é dar início hoje a uma série nova de artigos breves sobre o significado de alguns títulos marianos.
Quando se diz que Maria Santíssima é a Virgem das virgens, não se quer afirmar apenas que ela preservou perpetuamente a sua virgindade – como outras santas mulheres o fizeram – mas que ela, mesmo sendo escolhida como digna para ser a Mãe do Salvador, na sua humildade, turbou-se com a ideia de perder o selo virginal. Quantas mulheres se sentiriam imensamente agraciadas e enaltecidas com a ideia de ser a mãe do Messias?! Entretanto, sem se importarem com as consequências naturais que isso representa, já que não haveria nenhum pecado, nem mesmo sombra disso.
Mas Maria, no seu zelo virginal, na sua modéstia, surpreendentemente, turbou-se num primeiro momento com o anúncio de São Gabriel. Porém, como reza o Evangelho, o Arcanjo a tranquilizou, e Ela, sobrenaturalmente, concebeu do Espírito Santo, mantendo-se a mais alva, pura e imaculada criatura humana que há de nascer.
Numa de suas estrofes, o Pequeno ofício da Imaculada Conceição, de maneira poética e com uma beleza sem igual, da seguinte forma louva a virgindade de Maria:
“Salve, prudente Virgem, destinada.
Para dar ao Senhor Digna Morada
Sois as sete colunas da Escritura
Do templo a mesa foi de vós figura.”
Sua antífona final se assemelha a um coro angélico que, incessantemente e de forma jubilosa, repete: “Esta é a Virgem admirável, na qual não houve a nódoa original, nem sombra do pecado”.
Ela não só é virgem, mas a Rainha de todas a virgens. Aquela que, há dois milênios, tem inspirado um número incontável de mulheres que, à sua imitação, fizeram o voto sagrado de virgindade e castidade, tornando-se esposas de Cristo, templos sagrados de pureza e amor ao Divino Espírito Santo.
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
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