O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, que fez comoventes revelações a Santa Margarida Maria Alacoque no século XVII. Graças a São Cláudio de La Colombière, seu diretor espiritual, essas revelações tiveram repercussão pela Europa e pelo orbe católico, chegando até os nossos dias. “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens, a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento, não recebo senão ingratidão da maior parte deles”.
No entanto, no século XX, outra religiosa receberia de Nosso Senhor inúmeras revelações do seu Sagrado Coração. Trata-se de Soror Josefa Menéndez, espanhola, nascida em Madrid em 1890. Entrou para a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus, na França, e, em torno de 1920, começou a ser alvo de surpreendentes mensagens do amor infinito de Jesus por nós, de seu monumental desejo de nos perdoar e nos salvar.
O livro “Apelo ao Amor: Mensagem do Coração de Jesus ao mundo” da religiosa, foi honrado com uma Carta Prefácio do Papa Pio XII, recomendando aos fiéis a leitura da obra. Soror Josefa Menéndez morreu em 29 de dezembro de 1923, com apenas 33 anos, em um convento em Poitiers, na França.
- “O mundo não conhece a Misericórdia de meu Coração. Quero servir-Me de ti para tomá-la conhecida…, quero-te apóstolo de minha Bondade e minha Misericórdia. Eu te ensinarei; tu, esquece-te a ti mesma.”
- “Ama e nada receies. Quero o que não queres, mas posso o que não podes. Não te pertence escolher. Abandona-te.”
- “Recorda minhas Palavras e crê nelas. O único desejo de meu Coração é aprisionar-te e afogar-te em meu Amor, fazer de tua pequenez e de tua fragilidade um canal de misericórdia para muitas almas que se salvarão por teu intermédio. Mais tarde descobrir-te-ei os ardentes Segredos de meu Coração e servirão para o bem de almas numerosas. Desejo que escrevas e que guardes tudo que Eu te disser. Tudo se lerá quando estiveres no céu. Não são teus méritos que Me inclinam a servir-Me de ti; mas quero que as almas vejam como meu Poder se serve de instrumentos pobres e miseráveis.”
- “Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia! Sou o Amor dos amores! E não posso descansar senão perdoando!”
- “Enquanto tiver o homem um sopro de vida, poderá ainda recorrer à misericórdia e implorar perdão. Vosso Deus não consentirá que vossa alma seja presa do inferno”.
- “Estou sempre esperando com amor que as almas venham a Mim! Não desanimem! Venham! Atirem-se nos meus braços! Não tenham medo! Sou seu Pai!”.
Em um dos prólogos que acompanham o livro, o Consultor da Sagrada Congregação dos Ritos, em 1926, afirmou: “Faço votos para que estas coisas sejam conhecidas para a Glória de Deus, para reconfortar tantas almas pusilânimes e desconfiadas, como também para glorificar esta santa religiosa do Sagrado Coração.”
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
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