“Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22, 20). Inúmeras vezes encontramos nas Sagradas Escrituras o termo “amém”. É comuníssimo que as orações se encerrem com a palavra “amém”. Quantas vezes repetimos amém, amém, amém… Mas você, cara(o) cristã(o), sabe qual a origem e significado de “amém”?
A palavra tem origem hebraica e significa “assim seja”. É uma forma de afirmação. A Santa Igreja, como fiel continuadora da fé dos patriarcas, dos profetas e da sinagoga, herdou o termo “amém” e o conservou em sua liturgia.
Na Bíblia, encontramos pela primeira vez o termo no livro dos Números e a última vez no livro de Jeremias: “Então ratificarei o juramento que fiz a vossos pais de lhes dar uma terra onde mana leite e mel, qual hoje é a vossa. Amém, Senhor”. No Novo Testamento, a primeira menção encontramos na Epístola de São Paulo aos romanos: “Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!”.
No total, 22 livros das Sagradas Escrituras contém o termo “amém”. Dez vezes no Antigo Testamento, 12 no Novo Testamento. O último a fazer menção é o Apocalipse: “Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém.”.
Aproveitando o tema, importante salientar que quando rezamos o Pai-nosso na Missa, não devemos encerrar com o amém. Por quê? Porque após “livrai-nos do mal”, a oração prossegue na voz do sacerdote, quando diz: “Padre: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador. Todos: Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre!”. No entanto, ao rezarmos individualmente, como no terço, então a oração se encerra com o amém após “livrai-nos do mal”.
Outra curiosidade interessante e desconhecida da maioria, é que no português castiço se escreve “ámen”, e não amém. O amém como pronunciamos hoje é fruto de um aportuguesamento e abrandamento da pronúncia. Em tempos idos, em Portugal e nos países que falam o idioma português, se rezava, por exemplo, a Ave-Maria em nossa língua e se encerrava com um ámen.
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
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