VENDAMOS AS RIQUEZAS DO VATICANO!

Se você, cara(o) irmã(o), parar para pensar, notará que existe uma série de slogans contra a Igreja repetidos invariavelmente pelo povo desavisado. Faz parte do modismo repetir, como um realejo, acusações contra o catolicismo com ares de espírito superior. Por exemplo, quem nunca ouviu a célebre afirmação de que Galileu foi queimado pela inquisição? Pois é, isso nunca aconteceu. Pelo contrário, quando estava mal à morte, o próprio Papa mandou um representante seu para dar-lhe os últimos sacramentos.

Acusações de que os católicos não leem a Bíblia, não sabem orar, etc. E, claro, você já ouviu centenas de vezes que a Igreja deveria vender as riquezas todas do Vaticano e distribuir o dinheiro aos pobres, imitando melhor a vida simples de Jesus. Muita gente ouve isso e não para sequer um minuto para pensar no quanto essa afirmação tem de inconsistente.

Primeiramente, levemos em consideração que o Estado do Vaticano é o menor país do mundo, tem 0,44 km². Ou seja, é minúsculo. Ele não é simplesmente um palácio, um luxo particular de alguém, mas é a sede de um país e o centro administrativo e representativo da Igreja. Desfazer-se do Vaticano é a mesma coisa que deixar a Igreja sem governo e representação.

Se o Vaticano, como sede de um governo legitimamente instituído, deve desfazer-se de seu minúsculo patrimônio, de seu para lá de limitado tesouro, por que não dizer o mesmo da Inglaterra, da Alemanha, Japão ou, melhor ainda, dos EUA? Já pensaram na soma vultuosa de dinheiro que poderia se arrecadar se as nações mais ricas se desfizessem de seus tesouros e distribuíssem o dinheiro aos pobres?

Já pensaram se os trilhões de dólares empregados pela NASA em busca de vida em outros planetas fossem canalizados para a África? Seria possível, sim, mudar a face daquele continente e solucionar um sério problema humanitário.

Quanto ao Vaticano, depois de delapidados os seus museus e vendidos todos os seus bens, o dinheiro recolhido seria capaz de atender, quiçá, a um país pobre da África ou da América, e, por sinal, por bem pouco tempo…

Bom ter presente que o patrimônio artístico do Vaticano é um tesouro que pertence à civilização, não é exclusivo da Igreja. Ele tem sua função social, gostem os críticos ou não, sem contar que narram séculos de História. Os afrescos não podem ser arrancados das paredes e vendidos como se fossem quadros.

Em matéria especialmente interessante exibida pelo canal History Chanel, revelou-se a origem da renda do Vaticano: bilhetes de entrada do museu, duas pequenas lojas dentro das dependências do Vaticano, venda de selos e moedas comemorativas. Bom saber que o Vaticano não cobra impostos e vem fechando seus últimos anos no vermelho…

Marcos A. Fiorito

Teólogo e historiador

(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)

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